quarta-feira, 2 de agosto de 2023

O valor da aprendizagem contínua para se destacar no mercado de trabalho

Por professor Cleidson Granjeiro
Em um mundo em constante evolução, a capacidade de aprender continuamente é mais do que uma habilidade desejável - é uma necessidade absoluta. Na economia moderna, a velocidade de inovação e a obsolescência acelerada do conhecimento tornam a aprendizagem ao longo da vida um imperativo tanto para indivíduos quanto para organizações (Eichhorst et al., 2015).

A aprendizagem contínua é, na verdade, uma prática antiga que remonta aos grandes pensadores da antiguidade. Como Santo Tomás de Aquino observou, "O maravilhamento é o desejo de saber" (Aquino, Summa Theologica, 1265-1274). Aquino nos lembra que o conhecimento é mais do que uma ferramenta para o avanço profissional, é uma maneira de satisfazer a curiosidade humana inata e a sede de entender o mundo ao nosso redor.

Complementando essa visão, a Bíblia aborda a importância da busca contínua do conhecimento e da sabedoria. Em Provérbios 18:15, lemos: "O coração do prudente adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria". Isso ressalta que o valor do aprendizado contínuo não é apenas um princípio secular, mas também é fundamental para a sabedoria espiritual.

Santo Agostinho, em suas Confissões, também destacou a necessidade de uma abordagem equilibrada e intencional para a aprendizagem. Ele escreveu: "A medida do amor é amar sem medida" (Agostinho, Confissões, 398 DC). Podemos interpretar isso como um apelo para amar o processo de aprendizagem, sem se perder na busca desenfreada pelo conhecimento. Isso é particularmente relevante em nossa era de sobrecarga de informações, onde a seleção e o foco criterioso na aprendizagem são essenciais.

No campo da psicologia contemporânea, a Dra. Carol Dweck forneceu insights significativos sobre a aprendizagem contínua. Sua pesquisa sobre "mentalidade de crescimento" sugere que a crença de que as habilidades podem ser desenvolvidas com esforço e prática contínua é crucial para o aprendizado e o sucesso ao longo da vida (Dweck, 2006). Isso implica que a aprendizagem contínua não é apenas sobre a aquisição de novos conhecimentos, mas também sobre a desenvolvimento de uma mentalidade que nos permita aprender e crescer de forma consistente.

Todavia, a aprendizagem contínua não deve ser vista como um fardo, mas como uma jornada de descoberta pessoal e profissional. Como Albert Einstein sabiamente colocou: "Uma vez que você para de aprender, você começa a morrer" (Einstein, 1955). A aprendizagem contínua mantém-nos intelectualmente vivos e em sintonia com o nosso ambiente em constante mudança.

Na prática, a aprendizagem contínua pode tomar muitas formas. Pode envolver o aperfeiçoamento de habilidades existentes, a aquisição de novas competências, a busca por uma educação formal, a participação em seminários e workshops, ou até mesmo a leitura autodidata (Eichhorst et al., 2015).

Em resumo, a aprendizagem contínua é um poderoso facilitador do sucesso no mercado de trabalho. Incorporando lições de filósofos clássicos, princípios bíblicos, insights da psicologia moderna e da sabedoria de grandes pensadores, podemos entender e valorizar a importância do aprendizado contínuo.


Referências

Aquino, T. (1265-1274). Summa Theologica.
Agostinho. (398 DC). Confissões.
Bíblia Sagrada. Provérbios 18:15.
Dweck, C. S. (2006). Mindset: The new psychology of success. New York: Random House.
Eichhorst, W., et al. (2015). Nothing lasts forever: Long-term unemployment in the OECD. IZA Journal of Labor Policy, 4(1), 1-25.
Einstein, A. (1955). Old Man’s Advice to Youth: ‘Never Stop Learning’. Hyde Park Bulletin

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